quarta-feira, 13 de junho de 2012

Depressão pós parto não é frescura!

Dia 25 de setembro de 2009. Sala de parto, cesárea, um choro, uma emoção sem fim. Finalmente conheceria meu filhote, finalmente tocaria meu bebê pela primeira vez. Então, depois de um beijo e uma foto, meu filho foi encaminhado ao bercário. Enquanto isso, eu estava incomunicável na sala de recuperação. Na época não conseguia explicar o que sentia, mas, saber que ele estava sozinho me angustiava. E foi justamente essa angustia que me fez tomar uma decisão bem radical na maternidade. Após a chegada dele no quarto uma ordem: Joaquim não sairia mais de perto de mim. Salvo para banhos e medicamentos. As enfermeiras insistiram. Argumentaram que era preciso dormir e que ele ficaria apenas 4 horas no berçário. Eu bati o pé e disse que não. O motivo: eu achava tudo aquilo assustador demais para um bebê que acabara de sair da minha barriga. Essa supersensibilidade, essa sensação de que algo poderia acontecer me deixaram em estado de alerta (desequilibrado). Aos poucos eu parei de dormir e comecei a chorar descontroladamente todos os dias (com ou sem motivo). Foram quase 5 meses para que a pediatra de meu filho percebesse que algo estava errado, foi difícil receber o diagnóstico. Chorei por saber que as coisas estavam fora de controle, mas decidi me tratar. Teve uma mistura de tudo: médico/medicamento, terapia, religião e por somar as forças em pouco tempo melhorei e quando isso aconteceu percebi que outras mães passavam silenciosamente pelo mesmo problema e por isso comecei um blog, o conversademae.com. A lição que tiro dessa experiência difícil? Que é sempre tempo de recomeçar, que DPP não é frescura e que é inerente do "ser mãe" rever conceitos e replanejar os caminhos. por Fabiana Deziderio, mãe do Joaquim e autora do blog conversademae.com

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